Estamos diante de um grande desafio civilizatório que põe à prova o equilíbrio da humanidade neste planeta. Ao mesmo tempo em que avançamos na ciência e na tecnologia, a ignorância na forma de violência derrama sangue humano em diversos pontos no planeta. O conflito Hamas x Israel domina o noticiário, polariza o debate nas redes sociais e inquieta os corações mundo afora diante das atrocidades. Mas hoje há pelo menos oito guerras acontecendo simultaneamente no mundo. Em 2022, foram 55 conflitos envolvendo Estados em 38 países. Ao mesmo tempo, no Brasil, temos letalidade policial, operações nas favelas, ação organizada das milícias, população com medo crescente... Em meio a tantos problemas envolvendo guerras e conflitos, há uma guerra ainda maior que precisamos travar: a guerra do amor.
Estamos diante de um grande desafio civilizatório que põe à prova o equilíbrio da humanidade neste planeta. Ao mesmo tempo em que avançamos na ciência e na tecnologia, a ignorância na forma de violência derrama sangue humano em diversos pontos no planeta. O conflito Hamas x Israel domina o noticiário, polariza o debate nas redes sociais e inquieta os corações mundo afora diante das atrocidades. Mas hoje há pelo menos oito guerras acontecendo simultaneamente no mundo. Em 2022, foram 55 conflitos envolvendo Estados em 38 países. Ao mesmo tempo, no Brasil, temos letalidade policial, operações nas favelas, ação organizada das milícias, população com medo crescente... Em meio a tantos problemas envolvendo guerras e conflitos, há uma guerra ainda maior que precisamos travar: a guerra do amor.
Sem entrar na esfera geopolítica dos conflitos, convido você a olhar a partir da perspectiva espiritual para o karma coletivo da humanidade com as guerras que nos atormentam. Afinal, o que você pode fazer diante da guerra e por que faz sentido falar em amor neste momento? Se estudarmos em profundidade o que está por trás dos grandes conflitos, conseguiremos olhar para além do nosso limitado ego condicionado. Não é Rússia e Ucrânia. Não é Israel e Hamas. É além. Lembre-se que todos são vítimas, pois a vítima está dos dois lados da arma. Atos terroristas e reações a eles deixam sequelas graves por muito tempo. Mas, nesse caso, estou falando também de outras vítimas reais: uma vítima da ignorância do esquecimento de si mesmo. É uma vítima aquele que está identificado com a sua dor e tratando o mal com mal.
Estamos conectados com tudo o que acontece neste planeta. Por mais distante que você esteja fisicamente dos conflitos, se uma bomba estoura no seu vizinho ou a quilômetros de distância, isso afeta a saúde mental e emocional de toda a humanidade, impactando o nosso inconsciente coletivo. É muita gente sofrendo, são muitas emoções negativas ativadas. Estando encarnado neste planeta, o que acontece nele tem algum impacto em você.
Ao estar consciente disso, você pode começar a alquimizar as suas guerras individuais para que não seja um canal de violência e inconsciência na sua vida. É muito fácil olhar para as notícias, ver a quantidade de mortos e identificar a inconsciência dos responsáveis por essa miséria. Mas se você não tem poder para diminuir esses conflitos diretamente, talvez se perca nisso sem olhar para as guerras que vive no seu dia a dia. Quanto de sofrimento a violência que você é canal nas suas relações não está gerando?
Tenho trabalhado com os meus alunos o desenvolvimento das qualidades do que chamo de “guerreiro do amor”. Viver em tempos de “Parivartan”, que é a grande transição planetária que estamos atravessando, requer que você seja um guerreiro do amor, capaz de desenvolver um comprometimento inquebrantável com a não-violência. Um bom guerreiro do amor é aquele que tem a firmeza e a coragem necessárias para pagar com amor pela violência recebida. Isso é possível, mas requer treinamento. Um bom guerreiro é forjado em tempos de adversidade como os nossos.
Em tempos de guerra, fortaleça o seu guerreiro do amor, pois você será chamado para entrar nas batalhas e usar sua violência constantemente. O preço que você paga ao ser canal de violência é entregar a sua paz e bloquear o seu amor.
Precisamos trabalhar intensamente para desprogramar do nosso sistema essa tão profunda marca, que é uma lei para a grande maioria das almas neste planeta: olho por olho, dente por dente. Quero dizer que é preciso desfazer os pactos de vingança, que são os núcleos de ódio que carregamos. Se o solvente universal para todos os males é o amor, se o amor é a medicina para todas as nossas doenças, a única possibilidade desse amor se manifestar é dissolvendo esse ódio, nutrindo diariamente a sua coragem de amar independentemente das condições externas que se apresentarem. Como diz a música de Jorge Drexler, “o ódio é o guia dos covardes”, por isso “vamos nos armar de coragem”.
Amar é uma coisa para quem tem coragem.
Sri Prem Baba